sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Luiza Trajano: a nova "cumpanhêra" - Por Marcelo Delfino












Eu fico puto quando os caras de esquerdaescolhem seus ídolos. Além de escolherem mal, escolhem errado, até sob os parâmetros de esquerda. Neste clima de "Brasil, ame-o ou deixe-o" desse regime decapitalismo de Estado que implantaram, acabaram de eleger sua nova musa: Luiza Trajano. Só porque outro dia ela passou um sabão em Diogo Mainardi. Coisa, aliás, não muito difícil de fazer. Até o blogue Mingau de Aço entrou na onda. Em função de seu desempenho semanal no programa Manhattan Connection, Diogo já é uma piada pronta.

Só que a nova musa da inteligentzia cumpanhêra comanda uma empresa condenada no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo a pagar R$ 1,5 milhão por desrespeitar direitos trabalhistas de seus funcionários. Assim é mole vir com conversinha ufanista e rechaçar os números do Mainardi! A denúncia não foi feita esta semana por nenhum coxinha, demo, tucano, viúvo do regime de 1964, direitista, liberalista econômico, conservador, reacionário ou golpista. Foi feita por Raphael Tsavkko, um militante de esquerda de quem discordo em várias coisas, mas merece respeito e é respeitado até pelos mais equilibrados dissidentes que conheço. A denúncia saiu no blogue Governismo, que publicou também um texto atribuído à internauta Niara de Oliveira:

"Ex-querdistas, antes de se empolgarem com a aliada governista (ela governista por motivos concretos, nunca lucrou tanto — junto com outros empresários e banqueiros) só porque ela bateu no Mainardi (ao qual só governistas e direita dão pelota) e provou que estão todos do mesmo lado, deem uma olhada como D. Luiza trata seus trabalhadores..."


Fonte: Blogue do Delfino – Acessado hoje 24/01;2014, às 12h 13m de MS, através deste link:

NOSSAS URNAS ELETRÔNICAS SÃO FACILMENTE MANIPULÁVEIS, CONFIRMA O RESPONSÁVEL PELOS TESTES


  

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MENSAGEM AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO BRASIL


Recebi um e.mail de um amigo, cujo teor reproduzo abaixo. Não posso asseverar que o seu autor seja o Sr. Jorge dos Santos Ferreira. Também não posso garantir que o texto seja fiel ao original, porém não deixa de ser um recado bem dado:


MENSAGEM AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO BRASIL


Jorge dos Santos Ferreira – Aposentado


Neste país somos tratados como qualquer coisa descartável. Fomos chamados até de vagabundos por FHC, fomos enganados por Lula que prometeu publicamente uma vida melhor para todos nós aposentados e não cumpriu e estamos sendo massacrados pela Presidente Dilma. Somos mais de 25 milhões de aposentados e pensionistas e se pedirmos pelo menos um voto na família para a esposa, um filho, um irmão, um neto, podemos passar de 50 milhões de votos e podemos sim decidir a eleição presidencial.

As perdas para quem recebe além do mínimo já passam de 80%. A tabela do IR é draconiana e hoje quem ganha pouco mais de dois salários mínimos paga IR. O limite de isenção deveria ser no mínimo de 5 mil reais. Há dinheiro, bilhões e bilhões de reais para construção de grandes estádios de futebol, alguns, verdadeiros elefantes brancos, mas não existe recurso para um reajuste digno dos aposentados. É preciso dar um basta nisso. O Governo nos massacra sob os olhares complacentes do Legislativo com ressalva somente para alguns poucos parlamentares.

Precisamos sair às ruas, pedindo reajuste justo, queda do fator, correção da tabela de IR com o aumento de isenção de 5 mil reais, devolução aos poupadores do dinheiro que lhes foi subtraído nos planos econômicos e a colocação em pauta dos projetos de nosso interesse.

O Setor Financeiro sempre foi privilegiado pelo Governo que já foi ao STF acenar pela a não devolução dos valores subtraído aos poupadores nos Planos Econômicos, mesmo sabendo que os bancos a cada trimestre batem recordes nos seus lucros e que inclusive já provisionaram esses valores em seus balanços para pagamento aos seus poupadores.

Sugiro que logo a partir de janeiro próximo, saiamos às ruas, num movimento ordeiro, pacífico, mas determinado e forte, portando faixas com os seguintes dizeres: APOSENTADO CONSCIENTE NÃO VOTA EM DlLMA PARA PRESIDENTE.

Vamos pedir o apoio da sociedade através das redes sociais. Quem não tem na família um aposentado ou uma pensionista?

Vamos mostrar para esses políticos, responsáveis por esse massacre imposto aos aposentados e pensionistas, que estamos vivos, apesar do abandono permanente a que fomos submetidos por parte do Executivo e Legislativo, justamente poderes que  têm a obrigação de ajudar aqueles que com muito suor, ajudaram a construir este país.

Passado o período negro do governo de FHC, veio o governo do PT e imaginávamos que pudéssemos ter uma vida melhor. Qual nada. O massacre continua. Estamos tristes, fragilizados, sujeitos a proliferação das mais diferentes doenças como o câncer, o infarto, o diabetes e muitas outras enfermidades crônicas, mas ainda podemos lutar.


VIVAM O APOSENTADO E O PENSIONISTA DO BRASIL!

Grande abraço, saúde e paz Descrição: cid:244A348A-4F8C-443A-BF9F-B65659273F91Descrição: cid:4C504857C89C4F82AC1D465201D1BBEC@WilsonMicro “O Brasil estaria melhor se houvessem homens de bem, com a mesma ousadia dos canalhas.”
Barthô (Nelson Rodrigues)


"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."

Descrição: ESFERA 3e-mail enviado de minha IBM-C Chamamos de Ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de Caráter.'

Oscar Wilde.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O QUARTO "F" DE D. PEDRO I - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA

  








Após o Imperador do Brasil haver abdicado a favor do filho, reuniu na ilha de S. Miguel, sete mil e quinhentos homens. Obtido o apoio da Inglaterra e da França, rumou às amenas areias de Mindelo - povoaçãozinha do concelho de Vila do Conde, - no intuito de destronar o irmão, D. Miguel, e seus correligionários.

Sentindo fome, deambulou pela localidade, e avistou modesta locanda. Entrou, e perguntou ao taberneiro, se havia coisa que se coma.

Prontamente, este, esclarecendo-o; disse que tinha: peixe de três “Fs”.

Admirado com o que ouvira D. Pedro, interroga-o.

- Que quer você dizer com os três “Fs”?

O vendeiro, que não conhecia o Imperador, apressou-se a esclarece-lo:

- Há: faneca, fresca e frita.

Veio a faneca e veio o pão, e também o bom e saboroso vinho verde.

Abancou-se o Imperador diante de larga e sólida mesa de pinho, escrupulosamente esfregada, e comeu com sofreguidão.

Ao terminar o frugal repasto, que lhe soube divinamente, o Imperador, para sua desdita, verifica que não trazia dinheiro.

Volta-se, então, para o taberneiro, e sorrindo:

-Estava bom!; estava ótimo!; mas agora a faneca fica com mais um “F”.

- Como assim!? - Interroga, atónito, o vendeiro.

De lábios a transbordar de risos, D. Pedro dispara:

- Faneca, fresca, frita e … fiada!

Não posso asseverar se o taberneiro perdoou a divida, ao reconhecer o Imperador, mas creio que sim, ao saber que na praia havia sete mil e quinhentos homens armados.

Também não sei esclarecer se D. Pedro liquidou o que devia. Sei que os liberais chegaram a Lisboa, após diversas escaramuças, e Mouzinho implantou as reformas que considerou necessárias; mas com tantas nomeações políticas, que o funcionalismo público cresceu exageradamente.

Então, como agora, os oportunistas e os desonestos, são, quase sempre, os únicos que beneficiam das revoluções, que se fazem em nome do povo, e da liberdade.



HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal.



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A VIAJANTE DAS GALÁXIAS











Luiz Carlos Nogueira











Uma luz indescritivelmente brilhante cruzou o espaço como uma bólide, indo de encontro ao chão distante, na Terra, causando um imenso clarão que só não ofuscava as estrelas, porque com elas as luzes se misturavam.

Do impacto, a poeira cósmica se alevantava qual o pó mágico das fadas, enfeitando a noite como lantejoulas nos vestidos das belas damas, em noites de festas.

Como nas histórias do faz de conta e do era uma vez, o pó começou a tomar forma, tremeluzir e precipitar-se num corpo, assumindo feições femininas. Ninguém ousava aproximar-se, até que um "Tarcílio" (nome de origem grega, que significa: “corajoso”), acercou-se dela, fazendo-se de pajem, claro - de uma nobre dama.

O ser que se apresentava dizia chamar-se Lourdes, e vinha de uma das mansões do infinito, construídas pelo bom Deus, e situada em um mundo jamais imaginado pelos mortais deste nosso planeta. De lá trouxe a gentileza, a amabilidade, a delicadeza, a bondade, o companheirismo, a honestidade, o amor, o senso de justiça, enfim muitos outros predicados pelos quais a fizeram ser amada por todos que a conheceram e a tiveram como amiga.

Ocorre que depois de um tempo razoavelmente longo, e por outro lado relativamente curto, a viajante foi chamada a cumprir uma outra missão em outro orbe, onde carece de alguém que leve para lá, todas as coisas boas que ela pôde acumular, para transmitir aos seres que delas necessitam, porque aqui nesta seara a sua semeadura havia cumprido um cronograma.


Assim, no nosso tempo, aos catorze dias do mês de janeiro do ano de dois mil e catorze, a viajante Lourdes embarcou em sua nave intergaláctica, encetando efetivamente a sua viagem cósmica, rumo a um outro ponto no infinito, deixando já de imediato, muitas saudades aos seus companheiros mais próximos: Tarcílio, Cláudia, Regina e Alexandre, bem como a todos seus outros amigos. 


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

FUTEBOL, ÓPIO DO POVO - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA











Sempre que há futebol na televisão, a minha rua anima-se. São: “hás”!, “hós!” e Hús!”, proclamados em coro, pelos meus vizinhos; e não é raro, quando entra a bola na baliza, passarem carros grasnando as mais disparas buzinas.

Quando tal acontece, recordo logo os três famosos “Fs” de Salazar – Futebol, Fado e Fátima, – que nos meus tempos de juventude, ouvia, com respeito e até veneração, a inflamados oposicionistas ou do reviralho, como pomposamente eram apelidados.

Dizia-se, pelas cafetarias, à socapa, não fosse a PIDE ouvir, que Salazar anestesiava o povo com: Futebol, Fado e com as cerimónias realizadas em Fátima.

Como adolescente, que era, acreditava em tudo, e pensava com os meus botões:” Que grande tratante!”

Indignava-me, também com as manifestações, ao ver centenas de camionetas a despejarem pessoas, que vinham de longe, a troco do passeio, cerveja e naco de pão.

De política, nada sabia, além da “Organização Política da Nação” que aprendera no liceu.

Envelheci, e a idade diz-me que os três “Fs” são, agora praticados por aqueles que o denegriam.

Na antiga Roma, os Imperadores e a elite, criaram o coliseu, para divertirem o povo e anestesia-lo. Nesse circo, clamava-se a alta voz: “Mata-o”… “Mata-o”… e havia gritos, palmas e palavras cruéis; morria-se na arena, e esquecia-se as agruras da vida nas bancadas.

Ditadores, democratas e elite dominante, ainda hoje usam os mesmos métodos, e os escrúpulos são iguais.

 Futebol, Carnaval, Música alienante, e “droga”, fazem o povo esquecer dificuldades e problemas que o atormenta.

Recentemente, ouvi asseverar, que o futebol desenvolve a economia. Estudei Economia e leio periódicos sobre a matéria, e nunca descobri que o desporto resolvesse problemas financeiros de um país.

Em Portugal, a crise começou com o Campeonato da Europa; na Grécia, após os Jogos Olímpicos; e no Brasil, receio que a “crise” chegue por causa do futebol.

Muitos brasileiros são de igual parecer; por isso descem à rua e intelectuais usam a pena para alertarem o perigo.

É que o dinheiro esbanjado com o espetáculo, faz falta para minorar necessidades prementes.

Infelizmente as “massas” carecem desses incentivos para sentirem-se felizes e “embriagarem-se“; e o poder aproveita, a fraqueza, para as manter alienadas.




HUMBERTO PINHO DA SILVA   -    Porto, Portugal



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

AQUIDAUANA - MATO GROSSO DO SUL (ANTIGO APOSENTO)





                 Antigo Aposento

Delio e Delinha


Fui rever a minha terra
Pra matar minha saudade
Cheio de felicidade
Meus amigos encontrei
A noite estava clara com o seu luar de prata
Fui fazer a serenata invés de cantar chorei
Percebi logo a saudade na memória uma lembrança
Dos meus tempos de criança que brinquei na cachoeira
Saracura no banhado bem-te-vi lá no pomar
Quero ouvir o gorjear do sabiá laranjeira

Naquela grande varanda na janela debrucei
E na rede do passado muitas vezes balancei
Comparando a minha infância com tudo que já passei
Só da minha meninice que jamais esquecerei

Quem me dera se voltasse pelo menos aos 15 anos
Sofri tantos desenganos que nem gosto de lembrar
Perdi minha mocidade após tanto sofrimento
Meu antigo aposento regressei pra descansar

Fiquei triste pensativo no recanto bem sozinho
Para ouvir os passarinhos num cantar apaixonado
Parece que eles diziam por que você foi embora
Hoje é você quem chora recordando seu passado

Gavião piava triste lá no centro do cerrado
Pintassilgo no gramado, arapongas lá na mata
Eu também cantava triste no braço de uma viola
Não há nada que consola essa dor que me maltrata